.jpg)
.png)
-
Antigo Testamento: Isaías 52.7–10
-
Epístola: Hebreus 1.1–9
-
Evangelho: João 1.1–14
1. Introdução — O Verbo que vem ao nosso encontro
O Natal nos coloca diante do centro da fé cristã: Deus não permaneceu distante do sofrimento humano. Ele veio. O Filho eterno assumiu carne, entrou na nossa história e habitou entre nós. Não celebramos uma ideia bonita, nem um sentimento passageiro, mas um fato decisivo: o Verbo se fez carne para nos reconciliar com Deus. O tema deste dia é claro e consolador: Deus fala, age e salva em Cristo.
2. Comentário Bíblico — Deus falou por meio do Filho
Isaías anuncia boas-novas aos que vivem entre ruínas. A paz proclamada não nasce do esforço humano, mas da ação salvadora de Deus que reina e consola seu povo. O profeta fala de pés que anunciam alegria, porque Deus voltou-se novamente para Sião. O consolo vem de fora, vem do Senhor.
Hebreus aprofunda essa esperança: Deus, que falou muitas vezes e de muitos modos, agora falou de uma vez por todas por meio do Filho. Jesus não é apenas mais um mensageiro. Ele é o resplendor da glória de Deus, aquele que sustenta todas as coisas e realizou a purificação dos pecados. A nossa justificação não está no que fazemos, mas no que Ele fez.
O Evangelho de João nos leva ainda mais fundo: o Verbo eterno estava com Deus e era Deus. E esse Verbo se fez carne. Aqui está o escândalo e o consolo do Natal. Deus entra na nossa fragilidade, assume nossa condição marcada pelo pecado e pela morte, para nos dar aquilo que não poderíamos conquistar: vida, perdão e filiação. “Aos que o receberam, deu-lhes o direito de serem feitos filhos de Deus.”
3. Aplicação à Vida — Luz para quem vive na escuridão
O Natal encontra pessoas reais: cansadas, feridas, culpadas, com medo do futuro ou presas ao passado. A boa notícia é que Cristo não veio para os fortes, mas para os que vivem nas sombras. Ele não espera que a vida esteja arrumada para entrar. Ele entra exatamente onde há desordem.
Quando a culpa pesa, o Natal anuncia perdão. Quando o sofrimento parece sem sentido, o Natal anuncia que Deus conhece a dor por dentro. Quando a esperança enfraquece, o Natal lembra que a luz brilha nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.
A vida cristã nasce aqui: não da tentativa de agradar a Deus, mas da fé naquele que veio por nós. Justificados pela graça, somos livres para viver nossa vocação no mundo, servindo, amando e esperando, não para sermos aceitos, mas porque já fomos aceitos em Cristo.
.png&description=Boletim Homilético – Dia de Natal — Natividade de Nosso Senhor){kind=link}
0 Comentários