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Boletim Homilético – 3º Domingo no Advento

 


Boletim Homilético – 3º Domingo no Advento

Data: 14 de dezembro
Leituras:

  • Antigo Testamento: Isaías 35.1–10

  • Epístola: Tiago 5.7–11

  • Evangelho: Mateus 11.2–11
    Boletim: 26-3


1. Introdução

O 3º Domingo no Advento é marcado pela alegria e pela esperança que surgem mesmo em meio às dúvidas, às demoras e às fragilidades humanas. João Batista, aprisionado e cansado, envia discípulos para perguntar se Jesus realmente era “aquele que havia de vir”. Advento é esse lugar onde fé e fraqueza se encontram — e onde Cristo responde não com teorias, mas com obras de graça. As leituras lembram que a esperança cristã não nasce da estabilidade da vida, mas da fidelidade do Deus que vem ao nosso encontro.


2. Comentário Bíblico

Isaías 35.1–10 apresenta uma visão belíssima: o deserto floresce, o fraco é fortalecido, o cego vê, o mudo canta. É a promessa de restauração total. A vinda do Senhor transforma aquilo que parecia irrecuperável. É um anúncio de consolo para todos que se sentem exaustos e sem caminhos.

Tiago 5.7–11 nos chama à paciência. Não uma paciência passiva, mas uma perseverança sustentada pela certeza de que o Senhor é fiel. O agricultor espera a chuva porque sabe que ela virá; o cristão espera Cristo porque Ele prometeu vir. Tiago reconhece o sofrimento, mas aponta para o Deus cheio de compaixão e misericórdia.

Mateus 11.2–11 mostra João Batista vivendo um Advento real: preso, limitado e cheio de perguntas. Jesus responde a João mostrando as obras messiânicas: os cegos veem, os mancos andam, os pobres recebem boas-novas. A resposta de Cristo não é um sermão duro, mas uma confirmação amorosa. Ele honra João e reafirma sua missão, enquanto revela que o Reino está sendo cumprido exatamente como o Pai prometeu.


3. Aplicação à Vida

Muitos de nós enfrentamos Adventos internos: períodos de espera longa, dúvidas profundas, noites silenciosas. A fé verdadeira não ignora essas realidades — ela atravessa tudo isso com os olhos fixos em Cristo. Assim como João, também perguntamos: “Senhor, és tu mesmo? Ainda estás comigo?”

A resposta de Cristo continua sendo a mesma: observe o que Eu faço. No meio de nossos desertos pessoais, Ele faz brotar esperança. Nas nossas fragilidades, Ele nos sustenta. Nas nossas culpas, Ele oferece perdão. Nas nossas dores, Ele nos segura pela Palavra que diz: “Não tema. Eu venho por você.”

Esperar em Cristo não significa nunca fraquejar, mas crer que Ele não deixa de agir. Ele é o Deus que vem, o Deus que consola, o Deus que restaura — e o Advento nos chama a descansar nessa verdade.


4. Oração Breve

Senhor Jesus Cristo, nossa esperança e consolo, fortalece nosso coração cansado e aquece nossa fé. Em meio às dúvidas e esperas, sustenta-nos com tua graça. Renova nossa alegria em ti e guia nossos passos na certeza da tua vinda. Amém.

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